Royce Gracie explica momento do MMA brasileiro: ‘Falta estratégia aos lutadores’

Lenda do octógono disse que é preciso que o lutador se mantenha fiel às suas origens e citou seus nomes favoritos na atualidade

R. Gracie (foto) tentou explicar situação do Brasil no UFC. Foto: Josh Hedges/UFC

R. Gracie (foto) tentou explicar situação do Brasil no UFC. Foto: Josh Hedges/UFC

Após dominar quatro categorias do UFC há alguns anos, o Brasil hoje conta apenas com um campeão e vive um de seus momentos de menor destaque na organização. O último título remanescente no país pertence a José Aldo, e caso seja perdido no próximo sábado (25), na luta contra Chad Mendes, não haverá pelo menos um brasileiro detentor de título no octógono pela primeira vez nos últimos oito anos. Para o lendário Royce Gracie, campeão de três dos quatro primeiros torneios do Ultimate, a explicação para essa queda brusca vem da preparação dos lutadores.

“É um jogo de estratégia. Você não pode ser apenas resistente e talentoso. As pessoas de fora (do Brasil) sabem como trabalhar com a estratégia muito bem. Você tem que conhecer seu adversário e levá-lo para fora de seu próprio jogo. Pode parecer fácil no final, mas ele treinou muito duro para fazer com que você faça isso, dar um passo errado e então ele te bater em 30 segundos. Isso é estratégia, acho que está faltando isso (aos lutadores brasileiros)”, disse Royce, em entrevista ao site “MMA Fighting”.

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Apesar de reconhecer que é difícil um lutador conseguir resultados tão expressivos quanto os seus usando somente uma arte marcial, Royce afirmou que não lhe agrada que alguns atletas abandonem suas raízes. “Um lutador faz jiu-jitsu, boxe ou kickboxing sua vida toda e então ele quer fazer outra coisa no ringue? Se você treinou jiu-jitsu sua vida toda, por que trocar socos contra um striker?”, questionou.

Entre os atletas que seguem sua cartilha, Gracie citou seus favoritos. “É por isso que eu gosto do Demian Maia e do Fabrício Werdum. Demian vai te levar pro chão e fazer seu jogo. Werdum aprendeu a lutar em pé para saber o que vem pela frente, mas ele nunca parou de usar o jiu-jitsu. Ele vai clinchar, levar para o chão e te finalizar. É um jogo de estratégia. Não basta ser talentoso, tem que usar estratégia”, garantiu.

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Aos 47 anos, Royce Gracie encerrou sua carreira com um cartel profissional de 14 vitórias, duas derrotas e três empates. Campeão dos torneios do UFC 1, 2 e 4, nos anos 90, Royce voltou ao octógono em 2006, já atuando pelo novo conjunto de regras, e acabou derrotado pelo ex-campeão dos meio-médios Matt Hughes. Recentemente, o lendário faixa preta de jiu-jitsu assinou contrato com o Bellator, maior concorrente do Ultimate na atualidade, para ajudar na promoção do evento.

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