Mirando o top 10, Pezão aposta em luta estratégica para bater St. Preux

Em entrevista ao SUPER LUTAS, Pezão disse que acredita que duelo do próximo sábado será decidido na estratégia

Pezão tem quatro vitórias no UFC, todas no primeiro round. (Foto: Mike Roach)

Pezão tem quatro vitórias no UFC, todas no primeiro round. (Foto: Mike Roach)

Único brasileiro do card principal do UFC Nashville, que ocorre neste sábado (22), nos Estados Unidos, o peso meio-pesado Marcos Pezão entrará no octógono com dois objetivos: manter a boa fase de vitórias e, consequentemente, entrar no ranking da categoria. Para isso, terá que superar Ovince St. Preuxe, número 8 até 93kg. Apesar de ser conhecido por seu estilo agressivo, que lhe rendeu suas quatro vitórias no Ultimate ainda no primeiro round, Pezão garantiu que a paciência e a estratégia serão essenciais para sair com a vitória.

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“Ele tem um jogo meio ortodoxo, então eu treinei o tempo todo pensando em ter paciência durante a luta, deixando acontecer, minuto a minuto, round a round, e vou colocando meu jogo, não é novidade para ninguém que sou striker de natureza. É uma luta de paciência, tem que deixar acontecer, deixar ir rolando.

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Vindo de vitória sobre Jeremy Kimball, Pezão vive momento oposto de St. Preux, que foi derrotado nas últimas três vezes em que lutou. Para o brasileiro, no entanto, a má fase vivida pelo norte-americano não influenciará sua performance durante o combate.

Nunca é bom ir para uma luta vindo de derrota, seu psicológico fica difícil. Mas acho que isso não vai mudar nada. Depois que toca o gongo, que rola as primeiras porradas, o que vai mandar é a estratégia. O momento ruim só serve de tensão antes da luta, depois que começa é 50/50, pau lá e pau cá, não tem muita história”, afirmou o brasileiro, que completou dizendo que o cinturão até 93kg é seu principal objetivo dentro da organização.

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“O que eu planejo é ficar bastante tempo competindo, enfrentando os oponentes mais duros da categoria. Estou sempre almejando o título, é o que eu sempre penso para minha carreira, seja a curto, médio ou longo prazo”, concluiu.

Leia a entrevista completa: 

SUPER LUTAS: Nas seis lutas que você realizou no UFC, em todas você entrou como favorito nas casas de apostas, mas pela primeira vez você é o azarão. Isso muda alguma coisa na preparação? 

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Marcos Pezão: Para ser sincero, é indiferente. Isso não vai tirar minha motivação, eu sou um cara que sempre quis bons desafios, então ser favorito ou azarão não me atrapalha em nada.

SL: Em seus duelos mais recentes, você atuou no card preliminar e contra dois estreantes. Neste sábado, enfrentará um ex-desafiante ao título e na terceira luta mais importante do card. Foi você que pediu essa oportunidade contra um adversário ranqueado? 

MP: Todo mundo que está no UFC briga por uma grande luta. Eu conversei com o Mick (Maynard, matchmaker do UFC), me coloquei a disposição para enfrentar qualquer um, a qualquer momento. Graças a Deus deu certo. Já era para eu ter entrado no card do UFC 208, em Nova York, para enfrentar o Marcin Tybura nos pesos pesados, mas não deu certo porque eu estava cumprindo suspensão médica da minha última luta. E agora surgiu essa luta, estou amarradão.

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SL: Em termos de importância, o Ovince St. Preux pode ser considerado o maior desafio da sua carreira? 

MP: Eu acho que não. A minha luta mais importante até hoje foi contra o Paulão Filho (no FCF, em 2010), não posso deixar de ressaltar isso. O St. Preux é um cara muito bom, já disputou o cinturão, mas meu maior desafio foi contra o Paulo, que acabou sendo eleito o melhor do mundo durante anos.

SL: O que você estudou sobre o jogo do St. Preux? Qual será a sua estratégia?

MP: Ele tem um jogo meio ortodoxo, então eu treinei o tempo todo pensando em ter paciência durante a luta, deixando acontecer, minuto a minuto, round a round, e vou colocando meu jogo, não é novidade para ninguém que sou striker de natureza. É uma luta de paciência, tem que deixar acontecer, deixar ir rolando.

SL: Onde foi feito seu camp?

MP: Eu fiz a primeira parte na 011 MMA Team, em São Paulo, mas já estou aqui na Flórida (na American Top Team) há seis semanas, então a parte grossa foi feita por aqui. Sempre ressalto os treinos, o material humano que encontro por aqui.

Vitória mais recente foi sobre Kimball, em janeiro. (Foto: Josh Hedges/UFC)

Vitória mais recente foi sobre Kimball, em janeiro. (Foto: Josh Hedges/UFC)

SL: Você e o St. Preux vivem momentos diferentes. Você vem de vitória, enquanto ele sofreu três derrotas recentes. Você acha que a confiança pode ser um diferencial a seu favor nessa luta? 

MP: Nunca é bom ir para uma luta vindo de derrota, seu psicológica fica difícil. Mas acho que isso não vai mudar nada. Depois que toca o gongo, que rola as primeiras porradas, o que vai mandar é a estratégia. O momento ruim só serve de tensão antes da luta, depois que começa é 50/50, pau lá e pau cá, não tem muita história.

SL: Em caso de vitória, você entrará no ranking dos meio-pesados, uma vez que o Ovince St. Preux é o 8º da lista. Você já tem algum nome ranqueado que gostaria de enfrentar? 

MP: Eu ainda não parei para pensar nisso, estou pensando apenas na luta, estou focado nisso. Depois que acabar a luta, e com fé em Deus eu sair com o resultado positivo, vou sentar com minha equipe e vamos analisar algumas coisas, mas, por hora, meu foco é o St. Preux.

SL: Quais são seus objetivos a curto prazo dentro da categoria?

MP: O que eu planejo é ficar bastante tempo competindo, enfrentando os oponentes mais duros da categoria. Estou sempre almejando o título, é o que eu sempre penso para minha carreira, seja a curto, médio ou longo prazo.

SL: A categoria dos pesados perdeu recentemente três nomes importantes (Nikita Krylov, Ryan Bader e agora o Anthony Johson). Como você avalia o atual momento da divisão, especialmente a elite? 

MP: A categoria dos meio-pesados é muito igual. Pode colocar o segundo do ranking para lutar com o número 15, e mesmo assim teremos uma luta muito dura. Se pegar os 37 nomes da divisão, os 37 são duros e estão preparados para figurarem entre os 15 melhores.

SL: Você enxerga algum nome surgindo na categoria, que possa vir a se tornar uma grande potência até 93kg?

MP: Tem muito cara bom. Tem o Misha Cirkunov, um rapaz novo e que vem muito bem, tem o Volkan (Oezdemir), que ganhou do St. Preux na última luta, então tem bastante nomes bons para a categoria. Que a gente possa bagunçar a divisão e chegar nas cabeças.

SL: Em uma possível revanche entra Daniel Cormier e Jon Jones, em quem você apostaria?

MP: Com certeza no Jon Jones, mesmo estando sem ritmo de luta. Ele e o Demetrious Johnson são os melhores peso por peso do UFC. O Jones é um atleta muito completo, consegue trabalhar em todas as áreas, e também tem a questão estratégica dele, que sempre consegue neutralizar o oponente primeiro e, depois, soltar o seu jogo.

Veja fotos da trajetória de Pezão no UFC:

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