Cormier admite choro em treino com Cummins: ‘Tinha vários problemas pessoais’

Lutador norte-americano não gostou de ver seu próximo oponente relembrar história ocorrida há dez anos

Cormier (foto) enfrentará Cummins no UFC 170. Foto: Divulgação/UFC

Cormier (foto) enfrentará Cummins no UFC 170. Foto: Divulgação/UFC

Daniel Cormier admitiu que chegou a chorar durante um treinamento de wrestling contra Patrick Cummins, que será seu adversário no UFC 170, neste sábado (22). Cummins conseguiu a oportunidade de substituir o lesionado Rashad Evans após Dana White, presidente do UFC, ter ficado intrigado com o episódio.

Porém, Cormier explicou o ocorrido e afirmou que a história, que aconteceu durante a preparação para as Olimpíadas de Atenas, não foi exatamente como Cummins contou. “Isso foi aproximadamente em 2004. Eu perdi minha filha em 2003 [em um acidente de carro], então eu estava passando por vários problemas pessoais. Liguei para o nosso treinador da época e contei a história que Pat disse. Ele respondeu ‘não foi isso o que aconteceu! Ele está mentindo’”, disse, em entrevista ao site norte-americano “Shoot Media”.

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“Nós estávamos fazendo uma simulação das Olimpíadas e ele me venceu. Ele me venceu e eu queria uma revanche. O treinador me disse ‘não, as Olimpíadas acabaram para você. Você perdeu’, e isso me deixou muito aborrecido. Saí correndo da sala e chorei. Eu estava com a mentalidade que eu estava lutando por uma medalha de ouro e havia perdido”, continuou Cormier, que, no entanto, lembrou da única vez em que eles se enfrentaram de fato, em um combate oficial. “Nós competimos de verdade uma vez. Eu pesava 95 kg e ele lutava entre os pesados. Ele era o terceiro colocado do peso no país e eu o venci por sete a zero. Ou seja, quando nós amarramos as sapatilhas e lutamos de verdade um contra o outro, eu o venci bem”, ponderou.

Apesar disso, Cormier não gostou do fato de Cummins ter trazido o episódio à tona. “Essas coisas ficam entre a gente. Não se fala sobre treino – esse é o código básico dos wrestlers. Ele sabe disso e sabia das coisas que eu estava enfrentando no momento. Ele desenterrou coisas que jamais deveria ter desenterrado. Isso deveria ter ficado em 2004, porque ele sabia da minha situação. O Pat que eu lembrava não era desse jeito, é uma pessoa diferente, mas a vida é assim. As pessoas mudam com o tempo”, lamentou.

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McMann defende Cormier: “Dizer que Cummins o fez chorar é loucura”

Coincidentemente, a luta principal do UFC 170 também contará com uma representante do wrestling que foi às Olimpíadas de 2004. Sara McMann, medalhista de prata em Atenas, defendeu Cormier das declarações de Cummins, insinuando que o lutador quer receber crédito por algo que não fez.

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“Eu vim à público para defender alguém que vale a pena defender”, disse, em comunicado enviado ao site norte-americano “MMA Fighting”. “As pessoas não sabem o que passamos na preparação para as Olimpíadas. O wrestling é diferente de vários outros esportes. Os treinadores, e não algum lutador em específico, foram responsáveis por quebrar o psicológico de Cormier. O treinamento chega até a ser meio sádico de tão difícil. É assim que nós nos preparamos”, explicou McMann, que detalhou o processo de treinamento.

“Durante esses treinos, sempre estamos atrás na pontuação. Sempre há gente revezando para nos enfrentar, pessoas do nosso peso que estão comendo o que quiserem, que estão descansados, porque eles têm folgas e nós não. Eles não têm pressão. É um pouco ridículo, porque esses treinos são montados justamente para nos quebrar. Os treinadores só param quando você chega ao seu ponto mais baixo. Wrestling sempre foi assim, então, dizer que Cummins fez Cormier chorar é loucura”, encerrou a lutadora.

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