José Aldo detona novo contrato entre UFC e Reebok: ‘É uma m****’

Campeão dos penas ainda disse que "falta de união" entre atletas tem prejudicado nos acordos e que sindicato seria a solução

J. Aldo foi mais um importante lutador a detonar o acordo de material esportivo com a Reebok. Foto: Josh Hedges/UFC

J. Aldo foi mais um importante lutador a detonar o acordo de material esportivo com a Reebok. Foto: Josh Hedges/UFC

Desde que os detalhes do contrato de exclusividade no patrocínio e fornecimento de material esportivo entre Reebok e UFC vieram a público, os termos foram alvo de várias reclamações por parte dos atletas do principal evento de MMA do planeta. Agora, as críticas ganharam coro de um dos principais nomes do evento na atualidade: o brasileiro líder do ranking peso por peso José Aldo. Em entrevista, o campeão dos penas detonou o contrato entre o Ultimate e a marca de material esportivo, especialmente por impedir que os atletas levem as marcas de seus patrocinadores pessoais para o octógono.

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“Primeiramente, é uma m****. Todos falaram sobre isso. Nós, atletas, perdemos bastante. Como eles mesmo falaram, que é como se fosse um atleta de basquete, ou da NFL, não tem nada a ver, a gente não recebe um salário mensalmente como os atletas da NBA e da NFL recebem. Não importa o quanto a gente vai ganhar ou não, todos os atletas que tinham patrocínio perderam ou vão perder, pois eles não vão poder entrar na luta. Isso é um prejuízo para a gente. Atleta vive de cada luta, a gente tem que ficar lutando, nenhum atleta faz mais de três lutas. O campeão não consegue lutar mais de três vezes por ano. Mesmo o valor que eles estipularam não era o valor que nós ganhávamos pelos nossos patrocínios, que estavam nos apoiando. Acho que isso é bom para eles, para o UFC é bom, mas para os atletas, não”, disse o manauara, ao site do canal “Combate”.

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Segundo Aldo, o acordo até pode beneficiar os atletas que estão começando na organização, mas prejudica a grande maioria dos lutadores sob contrato, especialmente os que detém um título. “Vejo que os atletas perdem bastante. Para o lutador iniciante, sim, acho que ele não precisa correr tanto, mas também não é um dinheiro muito grande, que vai dar um suporte financeiro bom para eles. Não vejo com bons olhos. Desde que falaram pela primeira vez, quis ver as propostas, e quando vi, não achei interessante, principalmente para nós campeões”, analisou.

Para o brasileiro, a solução ideal seria a criação de um sindicato para representação dos lutadores, aumentando a união entre os atletas profissionais junto à organização do Ultimate. “Se formos falar alguma coisa, isso não depende só de mim sendo campeão, ou do Cain Velásquez, ou de qualquer campeão. Se a gente tivesse um sindicato de atletas, e todo atleta fosse unido, assim como é na NBA, isso seria de outra maneira. Mas, com os atletas desunidos como é… Hoje, eu tenho um preço, e o evento pode pagar para mim, mas tem outros atletas que, se eu não quiser lutar, vão aceitar lutar a preço de banana. Então, isso é a desunião dos atletas, não é culpa deles. Eles que levaram o esporte aonde está, beleza, eles têm seus méritos. Mas, se os atletas fossem mais unidos e tivessem um sindicato que os protegesse, acho que isso não aconteceria”, concluiu.

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Coincidentemente, a próxima luta de José Aldo será a primeira sob o novo contrato do Ultimate com a Reebok. No dia 11 de julho, o manauara sobe ao octógono para enfrentar o irlandês Conor McGregor na luta principal do UFC 189, em Las Vegas (EUA).

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