RETROSPECTIVA 2019 Parte 3: A volta de Khabib, Adesanya no topo, título de ‘cara mais duro’ e três cinturões em um evento

Na última parte, o Ultimate ofereceu ao público seis disputas de cinturão, sendo duas unificações, um título simbólico, um confronto entre desafetos e um espetáculo final

Relembre o que aconteceu nos últimos quatro meses de 2019. Foto: Montagem SL MMA Press

Na reta final de 2019, o Ultimate promoveu verdadeiros espetáculos com unificações de títulos, retorno de ícones, novos campões e até a criação de um cinturão inédito, que coroava o atleta mais ‘casca grossa’. Com grandes cards e apresentações convincentes, o UFC fechou com chave de ouro a temporada atual.

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O fim da ‘Retrospectiva 2019’ irá englobar grandes apresentações entre os meses setembro e dezembro. Para isso, a equipe do SUPER LUTAS selecionou os principais momentos na etapa final do ano.

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Comentaremos a volta do campeão dos leves (até 70,3lg.), a coroação de Israel Adesanya como número um dos médios (até 83,9kg.), o ano perfeito de Jorge Masvidal e o acerto de contas entre os desafetos Kamaru Usman e Colby Covington em duelo pelo título dos meio-médios (até 77kg.), mais uma defesa de Amanda Nunes e um novo ‘rei’ dos penas (até 65,7kg.).

Setembro: O retorno de Khabib

K. Nurmagomedov (esq.) em encarada com D. Poirier (dir.). Foto: Reprodução/YouTube UFC

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O mês de setembro ficou marcado como um dos mais importantes de 2019, pois representava o retorno de Khabib Nurmagomedov após cumprir suspensão de nove meses em consequência da confusão provocada após o duelo contra Conor McGregor, em outubro de 2018.

Com a banca de campeão linear, o russo teve de retornar ao octógono com a obrigação de vencer o duelo contra Dustin Poirier pela unificação de seu título para manter-se como ‘rei’ de sua categoria.

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No duelo, Nurmagomedov comprovou que é, de fato, incontestável entre os leves. Com atuação dominante, o russo não tomou conhecimento sobre o norte-americano e promoveu um embate dominante contra o rival.

Fazendo uso de seu ‘chão de excelência’, Khabib fez mais uma vítima e conquistou a vitória no terceiro round, mantendo seu título e ampliando sua invencibilidade na carreira com 28 triunfos.

Outubro: Israel Adesanya, uma realidade

I. Adesanya conquista cinturão absoluto dos médios no UFC 243 . Foto: Reprodução / Facebook @ufc

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Com perfil de luta diferenciado e vitórias convincentes na carreira, Adesanya ainda despertava dúvidas sobre sua capacidade de ser campeão em alguns fãs de MMA. O atleta, que havia conquistado o cinturão interino dos médios após uma verdadeira batalha contra Kelvin Gastelum ,em abril, pelo UFC UFC 236, o nigeriano, agora, teria seu talento colocado mais uma vez à prova.

Em evento ocorrido na Austrália, Israel tinha pela frente o campeão linear da categoria, Robert Whittaker. Para vencer, o atleta deveria suportar a pressão do adversário, que é conhecido pela constância e eficiência nos golpes.

Com reflexos em dia e atuação que, de longe, lembra os melhores anos de Anderson Silva, Adesanya promoveu um verdadeiro show. Sem se abalar com a técnica e qualidade do oponente, o nigeriano colocou em prática seu repertório variado de golpes e aplicou um belo nocaute no rival no segundo round.

Era o início da ‘Era Adesanya’.

Novembro: O mais ‘Casca Grossa’

Masvidal com o cinturão BMF. Foto: Reprodução / Facebook @ufc

Restando dois meses para o fim do ano, a diretoria do Ultimate desejava promover a luta entre dois desafetos confessos: Kamaru Usman e o ‘falastrão’ Colby Covington. As negociações entre os dois, no entanto, não caminharam da forma que a empresa imaginava e, a fim de promover uma grande luta em novembro, escalou dois atletas que gozam de prestígio com os fãs para protagonizarem o UFC 244, em Nova York (EUA).

Os escolhidos foram Jorge Masvidal, que vinha de duas grandes vitórias pela companhia e Nate Diaz, conhecido pela raça com que atua em suas lutas. De cara, os fãs do esporte ‘compraram a ideia’ e apoiaram a realização do espetáculo.

Com um grande número de adeptos, a luta acabou tomando grandes proporções. A empresa, inclusive, decidiu criar um título simbólico para a ocasião: o de mais ‘casca-grossa’. Com a atração confirmada, restou aos atletas cumprirem o esperado e trocarem forças no octógono.

Na luta, Masvidal e Diaz levantaram o público com uma luta franca. Com golpes duros, Jorge foi superior ao ‘Bad boy’ e quase levou o oponente a nocaute em algumas situações. Nate, no entanto, mostrou a raça de sempre e só foi parado por conta de um corte profundo no supercílio. Após avaliação médica, o atleta foi impossibilitado de retornar ao combate.

Masvidal, então, foi declarado vencedor por nocaute técnico e levou para casa o cinturão, que foi colocado pelo astro de Hollywood, ‘The Rock’.

Dezembro: Três cinturões e um evento

K. Usman defende título contra Colby. Foto: Reprodução/Twitter @ufcnews

Um espetáculo histórico. O Ultimate não quis saber de brincadeira quando escalou as lutas para o último card numerado do ano. De cara, a diretoria promoveu aos fãs três disputas de cinturão em um evento que contou com lendas do esporte.

A primeira campeã a colocar o título em jogo foi Amanda Nunes. Considerada por muitos como a melhor lutadora de todos os tempos, a baiana topou dar a revanche a Germaine de Randamie, a quem bateu em 2013.

Após um primeiro round tranquilo, a brasileira acabou ‘relaxando’ e provocou momentos de tensão em seus fãs. A brasileira, no entanto, mostrou inteligência e controlou o restante da luta, pontuando quando possível e anulando as investidas da rival.

Com o novo triunfo, a pojucana igualou o recorde de defesas de Ronda Rousey e voltou a gravar seu nome na história do esporte.

A surpresa da noite ficou na disputa do título dos leves. Famoso por derrotar o ícone dos penas, José Aldo, em duas ocasiões, Max Holloway subiu ao octógono em dezembro para enfrentar Alexander Volkanovski, último algoz do ‘Campeão do Povo’.

Como de costume, Max começou a disputa analisando a estratégia do oponente, mas acabou se perdendo ao longo da luta e demorou para tomar a iniciativa e pontuar diante de um adversário competente e com um preparo físico invejável.

Ao fim de cinco rounds, o havaiano acabou surpreendido pela decisão dos juízes, que deram a vitória ao australiano na decisão unânime.

O duelo entre Kamaru Usman e Colby Covington sequer precisaria de promoção para acontecer. Desafetos confessos, os atletas quase se agrediram em algumas ocasiões nos bastidores de alguns eventos.

Incontestáveis em suas divisões, os lutadores acertaram as cifras e foram confirmados como protagonistas do UFC 245. Com uma das maiores rivalidades do MMA atual, os atletas prometeram e entregaram aos espectadores um combate digno de uma luta pelo cinturão.

Foram cinco rounds. Uma luta parelha e intensa. No início, Colby mostrava que, apesar de sua forma polêmica de promover suas lutas, merecia dividir o octógono com o campeão. O norte-americano levava ligeira vantagem sobre o nigeriano até que, no terceiro round, teve sua mandíbula quebrada após um golpe certeiro de Usman.

O ataque foi providencial para que Kamaru crescesse no combate e conseguisse a virada no fim do quinto round. Nos segundos finais, após conseguir um knockdown sobre o norte-americano, Usman não perdeu tempo e conseguiu o nocaute, levantando o público e mantendo-se como campeão dos meio-médios.

 

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