UFC na França: relembre destaques do país nas artes marciais e entenda a importância do evento deste sábado

SUPER LUTAS destaca ícones do esporte francês e explica o contexto que engrandece o espetáculo de MMA em Paris

C. Gane (esq.) e T. Tuivasa (dir.) se enfrentam no UFC Paris. Foto: Reprodução/Twitter @ufc_brasil

Estamos a poucas horas da estreia do Ultimate em território francês. Neste sábado (3), a organização faz história e, pela primeira vez, realiza um espetáculo no país. Com o UFC Paris, a companhia estreia no território e, para entrar no clima, a equipe do SUPER LUTAS selecionou destaques da França nas artes marciais e explica a importância do show do fim de semana.

Na luta principal do UFC Paris, o maior nome na história do MMA francês tenta agitar o público. Ciryl Gane é o protagonista do evento e mede forças com o perigoso Tai Tuivasa.

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Ex-campeão interino dos pesados (até 120,2kg.), Gane não é o único lutador de nome a usar as cores da França. Além do ‘gigante’, outros combatentes também calçam ou calçaram as luvas do UFC. Relembre alguns deles:

1) Cheick Kongo

Grande veterano do MMA, Kongo iniciou sua trajetória no MMA em 2001. Com mais de 20 anos de carreira, o francês chegou a ser destaque do UFC, mas foi no Bellator em que esteve mais perto de atingir o topo das artes marciais mistas.

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Pela empresa presidida por Scott Coker, o atleta teve três disputas de cinturão no peso pesado. A última aconteceu em maio de 2022, mas o lutador acabou superado por Ryan Bader em embate marcado pela falta de combatividade. Hoje, Cheick segue competindo, mesmo aos 47 anos.

2) Nordine Taleb

Representante do Ultimate entre 2014 e 2019, Nordine Taleb ficou mais conhecido em território brasileiro como o ‘segurança de Neymar’. O lutador, que chegou a prestar serviços ao astro da Seleção Canarinho.

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Pelo Ultimate, Taleb disputou 12 lutas e teve saldo positivo. Ao todo, o combatente somou oito triunfos e quatro reveses.

3) Francis Ngannou – menção honrosa

Embora não tenha nascido na França, o atual campeão dos pesados do UFC tem raízes em território francês. Conhecido como um dos homens mais temidos na história recente do MMA, o atleta nasceu no Camarões, mas, devido à infância difícil, migrou para países como Nigéria, Espanha, Marrocos, mas conseguiu a estabilidade em Paris.

Hoje, além de Camarões, ‘gigante’ também representa as cores da França.

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Franceses no UFC Paris

Como não poderia ser diferente, o UFC Paris contará com representantes da França, para a alegria do público que estará presente na Accor Arena. Além de Ciryl Gane, mais quatro combatentes subirão no octógono representando a bandeira tricolor.

O primeiro a subir no campo de luta será Benoit St. Denis. Inserido no card preliminar, o peso leve será o responsável por dar as ‘boas-vindas’ ao brasileiro Gabriel ‘Fly’, que estreia na companhia.

Ainda na primeira metade do show, Nassourdine Imavov terá a torcida a seu favor no confronto contra o ‘Homem Nocaute’, Joaquin Buckley. O embate será disputado no peso médio (até 83,9kg.).

Em luta no peso leve, Fares Ziam será adversário de Michal Figlak. O francês se apresenta no peso leve.

Agressivo e nocauteador, William Gomis vai encarar Jarno Errens. Este será o primeiro compromisso do atleta com as luvas do Ultimate.

França nas artes marciais

Além de talentos no MMA, a França já apresentou ao mundo atletas que fizeram história para seu país. A seguir, confira nomes que atingiram o estrelato ao conquistarem medalhas olímpicas.

Teddy Rinner

Uma verdadeira lenda do judô, Teddy Rinner é um atleta francês que se tornou um verdadeiro fenômeno em sua modalidade. Ao todo, o lutador soma 10 títulos mundiais, além de dois ouros olímpicos (2012 e 2016).

Lucie Décosse

Nascida em Chaumont, Lucie Décosse é outra representante do judô a representar com excelência seu país. Tricampeã mundial na modalidade, a atleta também conquistou o ouro olímpico nos Jogos de Londres, em 2012.

Paul Fritsch

Nos Jogos Olímpicos de 1920, Paul Fritsch levou a França ao ponto mais alto do pódio competindo no boxe. O atleta levou a medalha na divisão dos penas.

Jean Despaux e Roger Michelot

Também na ‘nobre arte’, Jean Despaux foi o campeão em 1936, na divisão dos médios. O pugilista Roger Michelot venceu para seu país, mas nos meio-pesados.

Brahim Asloum

Nos Jogos de Sidney (2000), foi a vez de Brahim Asloum faturar o ouro no boxe.

Tony Yoka

Último pugilista a vencer o ouro no boxe francês, Tony Yoka ouviu o hino de seu país em 2016, nos Jogos do Rio de Janeiro. A conquista veio na categoria dos superpesados.

Estelle Mossely

Entre as mulheres, Estelle Mossely foi a primeira mulher na história do boxe francês a conquistar uma medalha olímpica. Atleta dos leves, a lutadora faturou o torneio em 2016.

Arsen Goulamirian

Ainda na ‘nobre arte’, a França conta com o fenômeno Arsen Goulamirian, que luta pelo país no peso cruzador. Atualmente, o atleta de 34 anos ostenta o título mundial pela WBA (Associação Mundial de Boxe), estando invicto na carreira em 26 lutas disputadas.

Georges Carpentier

Quando se trata do boxe, não podemos deixar Georges Carpentier fora da lista de destaques franceses. Em 1920, o lutador se tornou o primeiro de seu país a conquistar um título mundial, sendo nos meio-pesados.

A importância do UFC Paris

Embora não esteja sendo o pioneiro ao levar um evento para a França, o Ultimate chega ao país com o peso de uma organização consagrada mundialmente e disposta a expandir seu mercado. No entanto, se pergunta, por que o espetáculo deste fim de semana é tão grandioso?

Considerada uma modalidade ‘marginal’ nos anos 1980 e 1990, o MMA precisou de tempo para que pudesse ser aceito oficialmente como esporte em diversos países ao redor do mundo. Com o avanço da modalidade, evolução nas regras para a maior preservação física dos atletas, aos poucos o mundo passou a aceitar as competições.

A França, no entanto, se manteve irredutível quanto a autorização de promoção de espetáculos em seus domínios, mesmo contando com nomes importantes em empresas como UFC, Bellator e Brave.

A permissão só veio em fevereiro de 2020, quando a Ministra do Esporte da França, Roxana Maracineanu, assinou o documento que confirmava a legalização do MMA no país. Mesmo com o passo importante para a modalidade, havia trâmites a serem definidos para que os espetáculos, assim, pudessem acontecer.

Com o pontapé inicial dado no UFC Paris, o Ultimate, agora, inicia uma trajetória que certamente atrairá mais público e, consequentemente, possíveis talentos do esporte para o futuro.

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