Colby Covington: o homem que odeia o Brasil e quer conquistar cinturão no UFC 296

Desafiante ao cinturão dos meio-médios, norte-americano é o 'vilão' do MMA e tenta chegar ao topo do mundo; veja as polêmicas de sua carreira

Colby Covington luta no UFC 296. Foto: Reprodução/Twitter/UFCEurope

Colby Covington luta no UFC 296. Foto: Reprodução/Twitter/UFCEurope

Colby Covington é um dos nomes mais controversos do MMA. O norte-americano, que vai disputar o cinturão dos meio-médios no UFC 296 do próximo sábado (16/12) contra Leon Edwards, é conhecido por suas declarações provocativas e polêmicas, tanto dentro quanto fora do octógono.

Desde sua estreia profissional em 2014, Covington já se envolveu em diversas brigas verbais com seus adversários, com os fãs e até mesmo com personalidades públicas.

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Paulo Borrachinha é destaque brasileiro no UFC. Foto/Reprodução/Twitter/UFCBrasil

Mas nem tudo são flores na vida de Colby. O lutador também já enfrentou críticas e repreensões por parte de seus pais e de seu próprio público. Neste texto especial, o SUPER LUTAS relembra as principais polêmicas do norte-americano ao longo de sua carreira.

Covington chama o Brasil de “lixão” e “animais imundos”

Uma das polêmicas mais graves de Covington foi quando ele chamou o Brasil de “lixão” e se referiu à torcida brasileira como “animais imundos” na entrevista pós-luta após sua vitória sobre Demian Maia no UFC São Paulo em 2017.

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Por encarar um atleta querido por boa parte da torcida brasileira, ele encontrou um território hostil. Os gritos característicos de ‘uh, vai morrer’ eram frequentes. Mas, com a vitória, o lutador decidiu revidar.

“Brasil, você é burro. Tudo que vocês pensam, não importa. Vocês são animais imundos”, disse o lutador.

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Briga com Werdum

Posteriormente, o norte-americano revelou que seu ato foi uma resposta à ameaça do UFC de cortá-lo antes da luta e afirmou que o discurso salvou sua carreira. Ele, em seguida, enfrentou outro brasileiro, Rafael dos Anjos, e voltou a disparar contra o país dizendo que “seria o próximo presidente”.

Com a repercussão, o Caos ganhou a antipatia dos brasileiros. Fabrício Werdum, ex-campeão peso-pesado (até 120,2 kg) do UFC, partiu para cima do norte-americano e jogou um boomerang em sua direção. A confusão aconteceu em hotel do Ultimate, na Austrália.

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O Caos como vilão

Outra polêmica envolvendo Covington foi quando ele abraçou ainda mais seu status de vilão antes de enfrentar o ex-campeão Robbie Lawler, que acabou com sua vitória na decisão unânime dos juízes.

Após a vitória, o Caos, como é conhecido, disparou contra Lawler, tendo usado o acidente de outro ex-campeão e amigo pessoal do Ruthless, Matt Hughes, como o grande gatilho da provocação.

A provocação se referia a um acidente quase fatal que Hughes sofreu em 2017, onde ficou permanentemente danificado quando seu caminhão foi atingido por um trem em um cruzamento ferroviário.

“Vamos falar sobre a lição que aprendemos esta noite: Robbie deveria ter aprendido com seu bom amigo Matt Hughes. Você fica fora dos trilhos quando o trem está passando”, disse o lutador durante sua entrevista pós-luta.

Apesar de ter sido criticado pela mídia, Colby se recusou a se desculpar, explicando que Matt já havia feito coisas ruins para sua família, tendo inclusive ações judiciais.

Crítica ao Black Lives Matter

Defensor do Partido Republicano e amigo de Donald Trump, Colby Covington também já apareceu nos noticiários tendo criticado movimentos como Black Lives Matter e até o astro do basquete, LeBron James.

Suas declarações não se limitaram ao octógono, pois o lutador aproveitou a oportunidade para classificar Tyron Woodley, ex-parceiro de treinos e rival em luta, como um “covarde” e lançar críticas a LeBron James, além de questionar o movimento “Black Lives Matter”.

“Ele não queria mais lutar e procurou a saída mais fácil para fugir. Ele é um covarde, como LeBron James. Esses atletas usam policiais como seguranças particulares para garantirem a sua segurança e agora querem vilanizá-los? Por que? Por causa do 0,1% das coisas ruins que eles fazem? E quanto aos 99,9% de coisas boas que eles fazem todos os dias? E quanto ao 11 de setembro, quando arriscaram suas vidas para salvar pessoas? Eu luto todos os dias não só pelos Trumps, mas pelas tropas e pelos policiais”, afirmou Covington em seu discurso pós-luta.

O movimento ativista Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) é uma campanha contra a violência às pessoas negras e reúne protestos contra as mortes causadas por policiais, bem como a desigualdade racial no mundo.

Ataque a Kamaru Usman

Colby Covington não se arrependeu das suas palavras e até mesmo parecia ir cada vez mais longe com algumas delas em outras ocasiões.

Em 2019, ele disse que Kamaru Usman, então campeão e rival em sua primeira chance de conquistar o cinturão, teria sido o motivo de um ataque cardíaco de Glenn Robinson, que era um treinador do nigeriano na Blackzilians e havia falecido de infarto no ano anterior.

“Ele teve um ataque cardíaco por todos aqueles anos em que você estava me evitando, mas não se preocupe. Ele estará do inferno em 14 de dezembro”.

A tentativa de mexer com o psicológico do rival, contudo, saiu pela culatra. O duelo, realizado no UFC 249, acabou com um nocaute de Usman no quinto round, em luta equilibrada. O norte-americano, inclusive, teve uma fratura grave na mandíbula pelo nocaute.

Insinuação de relacionamento com Polyana Viana

Em março de 2021, Covington criou polêmica ao insinuar que teve um relacionamento sexual com a também lutadora do UFC Polyana Viana. Em entrevista à ‘Submission Radio’, o meio-médio (77 kg) deu comentários sobre a lutadora, expondo uma suposta relação íntima entre os dois.

“Não tiveram muitas conversas (sobre luta com Leon Edwards). Eu estava transando com Polyana Viana, então para me tirar do sofá com três semanas de antecedência para lutar com um tal de Leon ‘Scott’ teria um preço alto. Não apareceria por uma bolsa normal para enfrentar aquele cara”, declarou o lutador na época.

Posteriormente, Polyana confirmou que havia se relacionado com Colby, mas desaprovou a atitude de expor qualquer relação entre ambos.

“O Brasil estava certo. Desculpe, Brasil. Ele me chamou no Instagram e não sabai que ele era odiado no Brasil. Eu estava em Miami, ele me levou em um cassino e foi super simpático. Recebi uma mensagem de quem era ele e o questionei o motivo de ele ter feito aquilo. Ele falou que era um personagem e precisava chamar a atenção”, rebateu a lutadora em entrevista ao podcast Groselha Talk.

Covington briga com Jorge Masvidal em restaurante

A última polêmica de Covington foi quando ele brigou com Jorge Masvidal em um restaurante após a luta dos dois no UFC 272 em março de 2022. Os dois lutadores, que já foram amigos e companheiros de treino, se tornaram rivais após longa disputa por protagonismo na academia American Top Team.

A rivalidade culminou em uma luta nos meio-médios, que o Caos saiu vencedor na decisão unânime. Após a luta, eles se encontraram em um restaurante em Las Vegas, onde trocaram ofensas e empurrões.

A confusão foi registrada pela polícia e rapidamente viralizou nas redes sociais. Colby, inclusive, teria perdido um dente na briga, motivada e iniciada pelo rival.

Chance de conquistar o mundo

Covington é o desafiante número um do ranking, embora tenha conquistado apenas uma vitória desde sua derrota para Kamaru Usman pelo título.

Em sua jornada, ele superou nomes como Tyron Woodley, Jorge Masvidal e Robbie Lawler, exibindo uma notável evolução em sua técnica de trocação e uma pressão constante.

O norte-americano, agora, enfrenta Leon Edwards e pode se tornar campeão linear dos meio-médios (até 77kg.). A luta acontece no UFC 296, último evento numerado de 2023, marcado para o dia 16 de dezembro.

 

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