Evento brasileiro agenda luta de MMA entre homem x transexual

Edição de número 34 do Mr. Cage causa polêmica ao marcar a luta de Railson Paixão contra Anne Veriato.

A trans, Anne fará sua estreia no MMA contra um homem Foto: Winnetou Almeida

A polêmica da transexualidade no esporte chegou ao MMA. Após ampla discussão sobre a possibilidade de transexuais competirem com mulheres, um evento de MMA nacional foi além. O Mr. Cage 34, show que acontece dia 10 de março, em Manaus, anunciou a luta de um homem, Railson Paixão, contra uma atleta transexual. Anne Veriato.

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Competindo jiu-jitsu contra homens desde a infância, Anne fará sua estreia no MMA, sem medo da diferença de força com o rival. Apesar de fazer tratamento para diminuir a quantidade de hormônios masculinos, ela não considera justo enfrentar outras mulheres.

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“É justo eu lutar contra homens. Nunca passou pela minha cabeça lutar com uma mulher, porque eu acho que não é bom. Se eu bati em homem toda a minha carreira, posso continuar batendo neles apesar do processo hormonal. Eu apenas saberei se sou boa depois de bater em homens. Isso que me deixa feliz e faminta para treinar. Não acho que seria justo lutar com mulheres”, afirmou a lutadora, em entrevista ao site norte-americano MMA Fighting.

O desafio diante de homens não é novidade para Anne. Em sua carreira no jiu-jitsu, ela sempre enfrentou resistência dos adversários. Mas, segundo ela, após os combates, eles sempre se desculpavam.

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“Quando eu entro para competir eles sempre pensam que estou na categoria errada, pedem por documentos e tudo mais. Meus oponentes e os times deles perguntam: ‘Você vai lutar com ela? Ok, isso será fácil’. Sempre que eu ganho eles se desculpam. Eu continuei competindo e ganhando torneios e as pessoas começaram a me respeitar”, completou.

Antiga polêmica

A discussão sobre transexuais no MMA não é recente. Em 2013, Fallon Fox, uma trans norte-americana, travou uma batalha para competir MMA entre as mulheres nos Estados Unidos. Após uma longa espera, ela conseguiu a aprovação junto à Comissão Atlética da Florida e fez seis lutas como profissional, somando cinco vitórias e uma derrota. Ela não luta desde setembro de 2014, quando nocauteou Tamikka Brents, no CCCW.

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