Mutante revela cirurgia na coluna e drama vivido antes de derrota no UFC POA

Brasileiro, derrotado por Sam Alvey no último domingo (22), passou por operação na coluna

Mutante também divulgou imagens de suas radiografias nas redes sociais. Foto: Reprodução

Mutante também divulgou imagens de suas radiografias nas redes sociais. Foto: Reprodução

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Derrotado por Sam Alvey por nocaute técnico em luta realizada no card principal do UFC Porto Alegre, no último domingo (22), o campeão do TUF Brasil 1 Cézar Mutante, ainda assim, acredita ter motivos para comemorar. Após o revés, Mutante veio a público, por meio de seu perfil oficial no Instagram e revelou um verdadeiro drama vivido antes do duelo, devido a uma série de problemas físicos e uma cirurgia a qual se submeteu.

Em um longo texto, o lutador contou ter sofrido com uma grave lesão na coluna lombar, que o incomodava há anos e se intensificou recentemente, provocando grande limitação de movimentos. Mutante também relatou como passou por um procedimento cirúrgico que durou sete horas e aceitou, ainda diante do médico, o convite para encarar Alvey em Porto Alegre (RS).

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Confira abaixo, na íntegra, o relato publicado por Cézar Mutante:

Tudo bem, meus amigos? Eu quero compartilhar uma história com vocês.

Estou muito orgulhoso de mim e me sinto um vencedor. Venci minha principal luta, que era contra mim mesmo. O fato de chegar apto a lutar ontem já me faz um vencedor. Não quero dar desculpas para derrota, nunca fiz isso e agora não seria a primeira vez. Inclusive, quero parabenizer o Sam Alvey. Ele absorveu bem meus golpes e conseguiu virar o jogo.

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Mas a vitória que tive foi a que Deus me permitiu de voltar a trabalhar, e estou muito feliz e grato por isso. Pouco mais de cinco meses atras, eu tive uma grave lesão na coluna lombar. Essa lesão já me incomodava há mais de 10 anos, e os últimos dois anos da minha vida eu passei dormindo sentado. Se dormisse em qualquer outra posição, eu não andava no dia seguinte. Durante minha luta contra o Andrew Craig, minha vértebra se deslocou ainda mais e, por isso, alguns dias depois, minhas pernas estavam quase que paralisadas. Tive que fazer uma cirurgia de emergência, e o procedimento foi feito pela minha barriga. O médico removeu o disco danificado entre L5 e S1, colocando uma prótese e fixando-a com quatro parafusos. Na mesma cirurgia, foram colocados mais quatro parafusos e duas hastes pela parte posterior, para então concluir a artrodese. Foram 7h de cirurgia.

Três meses depois, quando já estava tudo calcificado e cicatrizado, o médico me liberou para treinar. Começava então minha guerra interna, com meu corpo e mente. Por diversas vezes, eu sai da academia chorando pela tentativa frustrada de tentar fazer uma sombra de boxe, movimentos simples para qualquer lutador, e não conseguir por conta da dor e rigidez no local. Pensei em desistir por diversas vezes, mas sabia que tinha que vencer minha batalha particular. Fiz de tudo para voltar em alto nível, lutando contra meus maus pensamentos, que me diziam ‘você já era’. Eu ia todos os dias até academia, mesmo que fosse pra treinar por 10 minutos ou ficar apenas olhando o treino. Foquei, a vontade de vencer foi maior que o medo de perder e fui melhorando. Então, tive uma grande inflamação sacroilíaca, uma espécie de efeito colateral da cirurgia de artrose, que limitava meus movimentos. Eu mal conseguia abaixar para calçar os sapatos. Voltei ao médico e ele disse que não seria difícil resolver meu problema. Seria necessário fazer uma denervação por rádiofrequência na articulação. Dentro da sala para fazer tal procedimento, recebi o convite do UFC para lutar em Porto Alegre. Perguntei ao médico na mesma hora se poderia aceitar. Ele me deu o ‘ok’, desde que eu me sentisse bem diante de tudo que eu havia passado. Aceitei ali mesmo o desafio, dentro da sala de cirurgia. Daquele dia em diante, foquei ainda mais nos treinos, dei o meu melhor na fisioterapia, na dieta, descanso e nos treinamentos. Foi um grande aprendizado. Cheguei bem para o combate, bem treinado e sem nenhuma limitação. Não venci a luta dentro do octógono, mas venci fora dele.

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Saio de cabeça erguida, pois sei que dei o meu melhor. A dor é passageira, pois sei que vou voltar a vencer em breve. A vitória que levo de Porto Alegre é a superação, e isso não é novidade para mim. Toda minha vida foi de conquistas em cima de muito sacrifício, nada veio de graça. Eu volto em breve, e quero ter de novo o apoio de vocês, meus fãs e amigos. Obrigado,

Cezar Mutante

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