Em luta emocionante, Deiveson Figueiredo derrota Pantoja no UFC 240

Na terceira luta da noite, brasileiros travam combate empolgante e levantam público canadense; Viviane Araujo vence e Sarah Frota é nocauteada

D. Figueiredo (dir.) é anunciado vencedor contra A. Patonja (esq.). Foto: Reprodução/Facebook @ufc

Dois brasileiros foram responsáveis por agitar o público que chegou mais cedo para acompanhar o UFC 240, realizado em Edmonton, no Canadá. Na terceira luta do card preliminar, o fluminense Alexandre Pantoja e o paraense Deiveson Figueiredo dividiram o octógono em duelo que poderia colocar um dos atletas como futuro desafiante ao título dos moscas (até 56,7kg.), que hoje pertence a Henry Cejudo. Após três rounds de muita técnica e tensão, o paraense foi declarado vencedor na decisão unânime dos juízes.

Os atletas adentraram à arena no intuito de promover um verdadeiro espetáculo para os entusiastas de MMA. Com muitos ataques, o público pôde se agitou durante muitos momentos na peleja. Sem se esconder, os lutadores se candidataram ao prêmio de ‘Luta da Noite’ no evento.

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Além do combate 100% tupiniquim, o Brasil contou com mais duas representantes no card, num duelo contra canadenses. Viviane Araujo venceu Alexis Davis na decisão, enquanto Sarah Frota acabou nocauteada diante de Gillian Robertson.

A luta

O duelo começou com os atletas se estudando no centro do octógono e aguardando a oportunidade para executar a melhor ação. Deiveson tentava cercar Pantoja e mantinha sua mão direita engatilhada para desferir um soco potente. Após uma tentativa de ataque de Alexandre, Figueiredo conseguiu uma boa esquiva e aplicar uma bela queda. Pantoja, no entanto, conseguiu se proteger no chão e o combate voltou a ser disputado em pé. Deiveson, após dois minutos de luta, conseguiu conectar um bom direto no rosto de Alexandre, que sentiu. Mais confiante, Figueiredo começou a se soltar no combate e aplicava os melhores golpes. No fim da etapa, os atletas partiram para a luta franca e levantaram o público, no entanto, não havia mais tempo.

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No retorno, Pantoja tomou a iniciativa desferindo um chute na região da cintura de Deiveson. Após a investida, Alexandre tentou uma queda, bem defendida pelo compatriota. Passado um minuto, Figueiredo foi ao chão após um ótimo contragolpe de Alexandre, mas o brasileiro conseguiu se recuperar e levantar rapidamente. Com o passar do tempo, os lutadores passaram a experimentar golpes e buscar o nocaute, gerando muita tensão. Mais eficiente no segundo assalto, Pantoja começou a chamar Deiveson para a luta franca e o compatriota aceitou. Restando 10 segundos para o fim, Figueiredo conseguiu um ótimo soco de direita que explodiu no rosto do oponente e o levou ao chão. O paraense continuou golpeando, mas a buzina soou.

Na última etapa, os atletas voltaram com a mesma vontade dos rounds anteriores. Concentrados, os lutadores estuavam o melhor momento para conectar seus golpes. Alexandre já mostrava sangramentos no rosto e foi surpreendido por um upper, que balançou Pantoja. Mesmo em situação difícil, Alexandre mostrava muita força de vontade para continuar no embate. Mais lento, Pantoja não conseguia mais acertar bons ataques em Figueiredo. Notando o desgaste do oponente, Deiveson conseguiu uma queda e continuou pontuando no embate. Restando pouco mais de um minuto para o fim do confronto, Figueiredo começou a provocar o compatriota, chamando para o combate e fazendo esquivas. O tempo se encerrou e os atletas foram muito aplaudidos pelo público.

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Com o triunfo, Figueiredo deverá tomar a terceira posição no ranking dos moscas, que pertencia justamente a Patonja. Além da vitória, o paraense também se colocou na condição de possível desafiante ao título no futuro, que hoje pertence a Cejudo. No entanto, o brasileiro pode ter que aguardar o número um, Joseph Benavidez, realizar seu desafio contra o campeão olímpico.

Com o triunfo, Figueiredo deverá tomar a terceira posição no ranking dos moscas, que pertencia justamente a Patonja. Além da vitória, o paraense também se colocou na condição de possível desafiante ao título no futuro, que hoje pertence a Cejudo. No entanto, o brasileiro pode ter que aguardar o número um, Joseph Benavidez, realizar seu desafio contra o campeão olímpico.

Sarah Frota vai mal e sofre segunda derrota seguida no UFC

G. Roberts em vitória sobre S. Frota. Foto: Reprodução/Facebook @ufc

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A brasileira Sarah Frota ainda não conseguiu vencer desde que assinou seu contrato profissional com o UFC. Neste sábado, a brasiliense encarou a canadense Gillian Robertson e acabou sucumbindo às quedas da oponente e foi derrotada por nocaute no segundo round após uma combinação de socos da adversária. Este foi o segundo revés na carreira de Frota. Conhecida por sua agressividade, Sarah não conseguiu impor sua estratégia contra Robertson.

O combate teve início com Gillian tomando a iniciativa do combate. A canadense desferiu alguns chutes baixos na brasileira e, logo em seguida, buscou as pernas de conseguiu uma queda em Frota. No chão, a brasiliense tentava incomodar a adversária lançando socos no rosto. Mesmo por baixo, era Sarah quem conectava os melhores golpes. Em um dado momento, Frota tentou conectar um triângulo invertido em Robertson, no entanto, a posição não foi bem encaixada. Restando um minuto para o fim da etapa, Gillian conseguiu conectar uma cotovelada no supercílio da brasileira, abrindo um corte e iniciando um sangramento.

No segundo round, Sarah precisava recuperar o prejuízo sofrido no primeiro assalto. A atleta, então, cercava a adversária tentando conectar um bom golpe e, após tentar um direto, foi surpreendida novamente por Robertson, que pegou a perna da brasiliense e conseguiu uma queda. Em posição desfavorável, Gillian começava a buscar uma finalização. Frota, no entanto, conseguia conectar bons socos de baixo para cima contra o rosto da canadense. Sarah continuava em dificuldades no combate e tentava a todo preço se defender das mudanças de posição de Robertson. Restando pouco menos de um minuto, a canadense conseguiu desferir uma boa sequência de socos no rosto da brasileira, que já não se defendia com eficiência, obrigando o árbitro a interromper o duelo.

Em duelo parelho, Viviane Araújo derrota experiente Alexis Davis

V. Araújo (dir.) em vitória no UFC 240. Foto: Reprodução/Instagram @ufc_brasil

A brasileira Viviane Araújo teve um compromisso árduo neste sábado. Em combate realizado com a experiente Alexis Davis, a atleta de Ceilândia (DF) estreou com vitória na categoria das moscas (até 56,7kg.). Após três rounds bastante disputados, Vivi foi declarada vencedora na decisão unânime dos juízes. Depois de derrotar a canadense na última peleja do card preliminar, a brasileira deve adentrar oficialmente no ranking da divisão e passará a enfrentar lutadoras na elite da categoria. O triunfo de Vivi marcou a segunda vitória da combatente desde que estreou no UFC, em maio deste ano.

Viviane começou o combate mais agressiva. Logo no início, a brasileira desferiu um direto no rosto de Alexis, que acusou o golpe. Conforme o tempo ia passando, o combate ia se desenrolando de forma intensa, com as duas lutadoras buscando o combate durante todo o tempo. Os socos de Araújo entravam com certa facilidade na oponente. No entanto, a canadense também se mostra perigosa no contra-ataque. A lutadora de Ceilândia (DF) mostrava boa movimentação, o que confundia o obrigava Davis a acompanhar as ações da brasileira. Com velocidade, Viviane conseguia entrar e sair do raio de ação de Alexis atingindo a adversária, mas se esquivando quando era atacada.

Na segunda etapa, a brasileira manteve sua estratégia ao realizar investidas conscientes e seguras. Em diversas ocasiões, os jabs de Araújo tocavam o rosto da canadense e começaram a marcar a face da oponente. Após dois minutos, Vivi conseguiu uma queda em Alexis, no entanto, quase foi surpreendida por uma chave de calcanhar. Davis conseguiu reverter a situação e acabou ficando por cima da brasileira. Em situação desconfortável, Araújo buscava bloquear os ataques da canadense na intenção do combate retornar a ser disputado de pé. No fim do round, Viviane tentava se levantar, mas sem sucesso.

O assalto final, então, seria o decisivo. Precisando vencer, as lutadoras voltaram para o combate trocando golpes no centro do octógono. Mas incisiva, Araújo voltou a conectar bons socos de encontro ao rosto de Davis. Com o rosto ensanguentado, Alexis começava a tentar uma queda em Viviane, mas a brasileira se defendia bem. A brasileira, após três minutos, mostrava um grande preparo físico e mantinha uma ótima movimentação contra a adversária. A canadense continuava insistindo nas tentativas de queda, mas Araújo seguia se defendendo bem. No fim, as duas atletas realizaram uma luta agarrada nas grades, mas sem muita ação. O combate, então, foi encerrado ao fim de cinco minutos.

CARD PRINCIPAL

Peso pena (até 65,7kg.): Max Holloway derrotou Frankie Edgar na decisão unânime dos juízes (50-45 48-47 50-45)

Peso pena (até 65,7kg.): Cris Cyborg derrotou Felicia Spencer na decisão unânime dos juízes  (30-27, 30-27, 30-27)

Peso meio-médio (até 77kg.): Geoff Neal derrotou Niko Price por nocaute a 2m39s do R2

Peso leve (até 70,3kg.): Arman Tsarukyan derrotou Olivier Aubin-Mercier nam decisão unânime dos juízes (29-28, 29-28, 29-28)

Peso médio (até 83,9kg.): Krzysztof Jotko derrotou Marc-Andre Barriault por decisão dividida dos juízes (29-28, 28-29, 29-28)

CARD PRELIMINAR 

Peso mosca (até 56,7kg.): Viviane Araújo derrotou Alexis Davis na decisão unânime dos juízes  (29-28, 29-28, 29-28)

Peso pena (até 65,7kg.): Hakeem Dawodu derrotou Yoshinori Horie por nocaute a 4m09s do R3

Peso pena (até 65,7kg.): Gavin Tucker derrotou Seung Woo Choi por finalização a 3m17s do R3

Peso mosca (até 56,7kg.): Deiveson Figueiredo derrotou Alexandre Pantoja na decisão unânime dos juízes (30-27, 30-27, 30-27)

Peso mosca (até 56,7kg.): Gillian Robertson derrotou Sarah Frota por nocaute a 4m15s do R2

Peso leve (até 70,3kg.): Erik Koch derrotou Kyle Stewart na decisão unânime dos juízes (29-28, 30-27, 29-28)

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