Werdum apoia reclamações de Hunt e propõe uso de TRT para todos os lutadores

Ex-campeão dos pesados acredita que Lesnar se dopou ‘na cara dura’ em luta que fez contra o neozelandês no UFC 200

F. Werdum (foto) é ex-campeão do UFC. Foto: Josh Hedges/UFC

F. Werdum (foto) é ex-campeão do UFC. Foto: Josh Hedges/UFC

Ex-campeão dos pesados do UFC, Fabrício Werdum defendeu Mark Hunt em suas críticas à organização e acredita que o neozelandês deveria ser recompensado após a polêmica do doping de Brock Lesnar no histórico UFC 200, em 9 de julho.

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Lesnar, um dos atletas de maior repercussão no MMA nos últimos anos, retornou da aposentadoria para enfrentar Hunt. Como foi confirmado na atração em cima da hora, o gigante norte-americano recebeu uma exceção da norma da Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA), parceira do UFC, que determina que todos os atletas aposentados devam passar por quatro meses de testes caso queiram voltar à ativa.

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No combate, Lesnar dominou Hunt e levou a melhor na decisão dos juízes, além de ter recebido o maior salário declarado da história do UFC. Contudo, dias após o duelo, foi revelado que o norte-americano falhou em dois exames antidoping, um antes do combate, outro no dia do UFC 200. Isso gerou revolta de Hunt, que detonou o UFC e até ameaçou entrar na justiça contra a organização.

Em entrevista ao site do jornal “Lance!”, Werdum mostrou total apoio a Hunt e indicou que Lesnar se dopou de maneira consciente. “Ele está certo, tem que protestar mesmo, está no direito. Se não oferecerem nada a ele, ele tem direito de sair do UFC. Foram injustos com ele. Não falo nem do UFC, acho que é mais culpa da comissão atlética mesmo. Eu apoio o Hunt”, declarou. “O Brock estava muito forte, seco, estava sem gordura, no auge do ciclo, dava para ver nitidamente. Acho que ele já sabia que ia cair. Não posso dizer, acho que o UFC não sabia, mas o Brock sabia. Ele fez o ciclo e não estava limpo. Foi na cara dura. Ganhou um dinheiro forte, não ia continuar lutando, só queria a parte financeira e conseguiu. Acho que tem que entrar num acordo, pois o Mark Hunt aceitou essa luta e tem que pegar e dar uma porcentagem da bolsa, ele merece. Mark está com a razão mesmo”, continuou.

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O UFC mantém desde 2015 uma parceria com a USADA, que faz testes aleatórios em todos os lutadores sob contrato com a organização. A nova política já flagrou nomes como Jon Jones, Frank Mir, Chad Mendes e Yoel Romero. Werdum acredita que a vigilância está dura demais: “Está muito restrito esse negócio do doping. Acho que tinha que liberar alguma coisa como o TRT [terapia de reposição de testosterona, proibida em 2015], mas para todos, não só para alguns. Tinham que determinar um limite. O atleta de MMA treina muito, tem um desgaste físico grande. Tinha que liberar o TRT para todo mundo. Tem que ser para todos mesmo. Hoje dá para controlar tudo. Controla no corpo do cara até o limite. Passou, é doping. E para todo mundo, independente da idade ou do caso. Tinha que liberar um TRT para os atletas de alto rendimento. Seria bom para todo mundo, renderia mais na luta, a galera ficaria mais disposta na hora de lutar, não vejo porque não”, analisou.

Werdum retorna ao octógono do UFC no dia 10 de setembro, no UFC 203. Na ocasião, o brasileiro tentará se recuperar da perda do título diante de Ben Rothwell.

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