Relembre alguns atletas que fizeram bonito no MMA nesta temporada

Brasileiro, norte-americano, polonês, russo... veja lutadores que encerram 2020 em alta nas artes marciais mistas

Diversos atletas se destacaram em 2020 no MMA. Foto: Montagem SUPER LUTAS

O ano de 2020, sem sombra de dúvida, foi de desafios para todos. Em meio a uma das maiores crises sanitárias da história, os esportes, de forma geral, sofreram as consequências e com o MMA não foi diferente. Diante de um cenário caótico, atletas tiveram de se adaptar a uma nova rotina de treinos e, ainda assim, houve os que se destacaram no esporte.

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Ao fim da temporada, nossa equipe selecionou alguns lutadores que fizeram bonito e garantiram grandes resultados. Confira:

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Gilbert Durinho

G. Durinho (esq.) derrota T. Woodley (dir.) na luta principal do UFC Woodley x Durinho. Foto: Reprodução/Instagram @ufc_brasil

Conhecido por sua frequência de luta e sempre disposto a evoluir como atleta, Gilbert Durinho viu seu nome chegar no topo dos meio-médios (até 77kg.) em 2020. Com atuações seguras e dominantes, o brasileiro conseguiu uma ascensão meteórica na categoria e conquistou a condição de desafiante ao cinturão.

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Em 2020, Durinho realizou duas apresentações. Na primeira, em março, o lutador superou por nocaute o compatriota Demian Maia. Na sequência, em maio, Gilbert atropelou o ex-campeão da categoria, Tyron Woodley e, na ocasião, ocupou o posto de número um no ranking.

Após as seguidas vitórias, o brasileiro foi confirmado por Dana White como o próximo adversário de Kamaru Usman. O confronto deveria ter acontecido no UFC 251, no entanto, o niteroiense testou positivo para Covid-19 e acabou substituído por Jorge Masvidal. Agora, Durinho segue aguardando uma nova data para encarar o campeão. A previsão é que a disputa aconteça no primeiro semestre de 2021.

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Glover Teixeira

G. Teixeira superou T. Marreta no UFC Las Vegas 13. Foto: Reprodução/Twitter @ufc

Aos 41 anos, Glover Teixeira provou que ainda tem muita lenha para queimar. Em grande fase, o ex-desafiante ao cinturão do peso meio-pesado (até 93kg.) está muito perto de uma nova chance de lutar pelo título. Com uma vitória convincente, ao finalizar Thiago Marreta, em novembro, o mineiro garantiu o primeiro lugar no ranking do grupo e carimbou o passaporte para enfrentar Jan Blachowicz, caso o UFC opte por adiar a superluta entre o polonês e Israel Adesanya.

Depois de passar por uma fase conturbada, em alterando entre vitórias e derrotas, Glover se reencontrou na categoria e tem desbancado adversários mais jovens em suas últimas lutas. Em 2020, Teixeira realizou duas lutas. Na primeira, Glover atropelou sem piedade Anthony Smith, por nocaute. Por fim, Marreta acabou sendo a vítima do mineiro.

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Amanda Ribas

A. Ribas em vitória pelo UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Novo xodó da torcida brasileira, Amanda Ribas segue em grande crescente no MMA. Especialista no jiu-jitsu, a mineirinha, assim como em 2019, fez bonito nessa temporada.

Representante do peso palha (até 56,7kg.), a brasileira venceu os dois compromissos do ano e continua como grande promessa para uma futura disputa de cinturão. Em março, Amanda superou Randa Markos e, em julho, bateu com facilidade a carismática Paige VanZant.

100% no UFC, Ribas, hoje, é a atual número nove no ranking da categoria liderada por Weili Zhang. A mineira tem luta marcada para o terceiro evento de 2021. Na ‘Ilha da Luta’, a combatente trocará forças com a compatriota Marina Rodriguez, oitava no ranking.

Mackenzie Dern

M. Dern (esq.) venceu V. Jandiroba (dir.) no UFC 256. Foto: Reprodução/Instagram

Norte-americana, mas com fortes raízes brasileiras, Mackenzie Dern tem conquistado, a cada apresentação, o carinho da torcida tupiniquim. Multicampeã de jiu-jitsu, a lutadora tem cumprido o plano de se manter ativa na organização e, nesta temporada, realizou três duelos.

Em sua primeira apresentação, em maio, Dern se recuperou em grande estilo da derrota para Amanda Ribas em 2019, que lhe rendeu a perda de sua invencibilidade na carreira. Contra Hannah Cifers, Mackenzie não deu chances à rival e superou a adversária com uma finalização em menos de três minutos.

No segundo desafio, novo passeio. Randa Markos voltou a perder e, desta vez, para Dern, com uma finalização no primeiro round.

Sua última apresentação aconteceu recentemente, no UFC 256, e marcou seu maior desafio na carreira, até o momento. Contra Virna Jandiroba, Mackenzie provou que está se tornando uma atleta completa, pois aceitou a luta em pé e realizou uma verdadeira batalha contra a brasileira, vencendo por pontos.

Hoje, Dern é a 11ª no ranking do peso galo. A atleta já afirmou que quer seguir com lutando com frequência na próxima temporada.

Michel Pereira

M. Pereira (dir.) derrotou Z. Imadaev (esq.) no UFC Las Vegas 9. Foto: Reprodução/Facebook @ufc

Conhecido como ‘showman‘, Michel Pereira conseguiu provar que não é apenas ‘firula’ quando o assunto é luta. Apesar da derrota polêmica para Diego Sanchez em seu primeiro compromisso no ano, o ‘Paraense Voador’ conseguiu se recuperar e deu verdadeiros shows nos dois últimos desafios de 2020.

Em setembro, o brasileiro protagonizou uma das performances mais dominantes do ano. Contra Zelim Imadaev, em setembro, Pereira lutou como quis. Provocou, induziu o adversário ao erro e devolveu com maestria o tapa na cara recebido na pesagem do dia anterior. Ao fim, superou o rival com uma finalização no terceiro round, com direito a um dos bônus de US$50 mil, de ‘Performance da Noite’.

Na luta de despedida do ano, mais uma atuação segura. Sem muitas brincadeiras e contra um adversário de alto nível, Michel confirmou que é um lutador para todos os momentos. No UFC Las Vegas 17, o paraense trocou forças contra Khaos Williams, que estava invicto no Ultimate. Por 15 minutos, o brasileiro controlou as ações e conectou os melhores golpes, vencendo na decisão unânime dos juízes.

Charles do Bronx

Charles venceu Ferguson no UFC 256. Foto: Reprodução/Instagram

O ano de 2020 certamente ficará marcado para Charles do Bronx como o ano em que o lutador provou ao mundo que é um dos melhores representantes do peso leve (até 70,3kg.) do mundo. Com uma vitória em março e um verdadeiro show em dezembro, o brasileiro se colocou a um passo de atuar pelo título da categoria liderada por Khabib Nurmagomedov.

Em março, pelo UFC Brasília, Charles, que já pedia há tempos um adversário da elite do grupo, enfrentou Kevin Lee. No duelo, o paulista venceu em seu melhor estilo: finalizando.

Em grande fase, com sete triunfos consecutivos, Do Bronx insistia em enfrentar um adversário do top 5, mas a chance nunca chegava. Em novembro, o lutador, enfim, foi escalado para enfrentar o temido Tony Ferguson, no UFC 256. Mesmo com pouco tempo para se preparar, o brasileiro topou o desafio.

Contra o ‘Bicho Papão’, um verdadeiro passeio. Charles chocou o mundo e dominou um dos melhores atletas da história da categoria por três rounds. Depois do duelo, o atleta, agora, espera a definição do confronto entre Conor McGregor e Dustin Poirier, que trocam forças em 23 de janeiro. O paulista já afirmou que quer encarar o vencedor da luta.

Petr Yan

P. Yan (foto) bate J. Aldo por nocaute e conquista cinturão dos galos no UFC 251. Foto: Reprodução/Instagram

Primeiro russo da história a ostentar um cinturão no peso galo (até 61,2kg.) do Ultimate, Petr Yan fez história nesta temporada. Com apenas sete lutas com as luvas da companhia, o atleta, hoje, ocupa o lugar mais desejado em uma das categorias mais perigosas da empresa.

Yan foi escalado a lutar pelo título depois que Henry Cejudo abriu mão do cinturão e anunciou sua aposentadoria do esporte. O atleta, então, foi colocado frente a frente com José Aldo e os dois se enfrentaram pelo cinturão no UFC 251.

No duelo, apesar de mais jovem e menos experiente, Petr não teve vida fácil. Durante quatro rounds, Aldo encarou o rival de igual para igual. No entanto, no último assalto, o brasileiro acabou sendo vítima do vigor físico do adversário e sucumbiu com um nocaute próximo ao fim do confronto.

Yan defenderia seu título pela primeira vez em 12 de dezembro contra Aljamain Sterling. O russo, no entanto, teve problemas pessoais e acabou retirado do espetáculo. A nova data para o confronto ainda não foi oficializada.

Jan Blachowicz

Blachowicz conquistou o cinturão do meio-pesado no UFC 253. Foto: Reprodução/Facebook @ufc

Uma das maiores surpresas do ano, Jan Blachowicz nunca esquecerá a temporada que passou. Representante do peso meio-pesado, o polonês recebeu um ‘presente’ com o Jon Jones abandonando seu cinturão e migrando oficialmente para a categoria de cima. Sem ‘Bones’, restou a Dominick Reyes e Blachowicz o papel de lutarem pelo título vago da divisão.

Favorito, Reyes subiu ao octógono no UFC 253 como o homem que, para muitos, foi o primeiro a derrotar Jones em uma luta oficial de MMA. Jan, no entanto, entrou para o confronto disposto a vender caro cada minuto disputado na disputa.

Assim que o árbitro autorizou o início da batalha, o que se viu foi algo diferente do que muitos imaginavam. Preciso, agressivo e contundente, o polonês não deu chances para o norte-americano e bateu o rival, então invicto, com um nocaute devastador no segundo round. Com o resultado, Jan assumiu a coroa da categoria e, agora, negocia uma superluta contra Israel Adesanya para 2021.

Khamzat Chimaev

K. Chimaev (dir.) aplica nocaute fulminante em G. Meerschaert (esq.). .Foto: Reprodução/Instagram

Considerado por nada mais, nada menos, do que Dana White como o atleta mais diferenciado que já viu, Khamzat Chimaev conquistou a fama de fenômeno em menos de seis meses de companhia. Com três vitórias em um intervalo de tempo relâmpago, o atleta é tratado como uma realidade dentro da organização.

Invicto na carreira, Khamzat, em seu quarto compromisso, lutará contra Leon Edwards e, em caso de vitória, se colocará em posição de destaque para uma futura disputa de cinturão. O inglês, hoje, figura na terceira posição no grupo liderado por Kamaru Usman.

Chimaev subiu no octógono pela primeira vez em 15 de julho, quando venceu John Phillips finalizando no segundo round. 10 dias depois, o sueco estava novamente em ação e venceu Rhys Mckee por nocaute no round um. Por fim, a nova sensação derrotou o veterano Gerald Meerschaert em apenas 17 segundos

O novo fenômeno enfrentaria Edwards em 19 de dezembro. O inglês, no entanto, acabou testando positivo para Covid-19 e o confronto acabou adiado para 20 de janeiro.

Khabib Nurmagomedov

K. Nurmagomedov se emociona após vitória no UFC 254. Foto: Reprodução/Instagram

Um dos maiores nomes da história recente do MMA, Khabib Nurmagomedov não poderia ficar de fora da lista. Mesmo com apenas uma atuação no ano, o russo superou grandes adversidades e conquistou um resultado importante no UFC 254.

Depois de perder o pai, em julho, vítima de complicações da Covid-19, muitos duvidavam que o campeão linear dos leves (até 70,3kg.) fosse competir novamente. O russo, no entanto, surpreendeu e aceitou encarar Justin Gaethje em 24 de outubro, em luta válida pela unificação do título do grupo.

Sem o pai, mentor e treinador em seu corner, Khabib conseguiu reproduzir no octógono tudo o que foi ensinado por Abdulmanap. Contra Gaethje, que havia surrado Tony Ferguson em seu último compromisso, Nurmagomedov não teve problemas e finalizou o adversário logo no segundo round, se mantendo com campeão absoluto do grupo.

Após o duelo, Khabib chocou o mundo e anunciou sua aposentadoria no MMA. Muito emocionado, o russo se lembrou do pai e afirmou que, sem ele, não fazia mais sentido seguir competindo. O ‘Águia’ deixou o esporte com 29 vitórias e nenhuma derrota nas artes marciais mistas.

Vadim Nemkov

V. Nemkov (dir.) conquistou o cinturão dos meio-pesados no UFC 244. Foto: Reprodução/Instagram

Pupilo de ninguém menos do que Fedor Emelianenko, Vadim Nemkov despontou nesta temporada como um dos grandes nomes para o futuro do Bellator. Com 28 anos, o russo se tornou o primeiro campeão do país pela organização ao desbancar Ryan Bader, em agosto, na disputa pelo cinturão do meio-pesado.

Contra Bader, o russo conseguiu ‘vingar’ Fedor, que havia sido derrotado pelo norte-americano, por nocaute, em janeiro de 2019, na final do Grand Prix, e disputa do cinturão do peso pesado. No embate, Nemkov não tomou conhecimento do adversário, que ostentava dois cinturões na companhia.

Com uma atuação perfeita, o russo saiu vitorioso após um verdadeiro atropelo no segundo round. Vadim liquidou a fatura com um nocaute brutal, iniciado com um chute limpo na cabeça do adversário.

Campeões Brasileiros

Amanda Nunes

Vitória de Amanda rende bolada milionária a apostador. Foto: Reprodução / Facebook @ufc

Incontestável no MMA feminino, Amanda Nunes fez apenas uma luta em 2020, mas não decepcionou. Contra Felicia Spencer, pelo UFC 250, a baiana fez história e se tornou a primeira lutadora a defender dois títulos em categorias diferentes.

No confronto com a canadense, a ‘Leoa’ voltou a mostrar que é diferente das demais adversárias e superou a antiga campeã do Invicta FC por pontos em uma atuação dominante na disputa pelo cinturão do peso pena (até 65,7kg.).

Amanda estava escalada para fazer uma nova luta pelo peso pena em 12 de dezembro. A atleta, por questões pessoais, acabou deixando a luta contra Megan Anderson. O confronto, no entanto, foi remarcado para março, no UFC 259.

Ju Velasquez

J. Velasquez se tornou campeã do peso mosca do Bellator em 10 de dezembro. Foto: Reprodução/Instagram

Uma das surpresas mais gratas de 2020 foi a conquista de Ju Velasquez no Bellator. Representante do peso mosca (até 56,7kg.) e invicta em sua trajetória no MMA, a carioca se tornou mais uma atleta tupiniquim a ostentar um título na maior concorrente do UFC.

Velasquez conquistou a condição de desafiante ao cinturão após cinco vitórias consecutivas com as luvas do Bellator. Sua conquista veio em 10 de dezembro, quando a combatente superou Ilima-Lei Macfarlane na decisão unânime dos juízes em um confronto de cinco rounds.

Patrício Pitbull

P. Pitbull (foto) derrotou P. Carvalho no Bellator 252. Foto: Reprodução/Instagram

Maior nome da história do Bellator, Patrício, em função da pandemia do coronavírus, acabou ficando mais de um ano sem se apresentar no cage circular. Dono dos cinturões nos leves e penas, o brasileiro voltou à ativa em novembro, quando trocou forças contra o provocador Pedro Carvalho.

Invicto há seis lutas e sem perder desde 2016, Patrício tentaria fazer sua quarta defesa do cinturão do peso pena. Após meses de provocações, o português acabou não fazendo frente à qualidade indiscutível do potiguar.

Pitbull precisou de apenas um round para garantir a vitória por nocaute. O atleta segue como o principal nome da organização, derrotando todos os que são colocados em seu caminho.

Deiveson Figueiredo

D. Figueiredo impõe condição para enfrentar B. Moreno. Foto: Reprodução/Instagram

Forte candidato ao prêmio de ‘Lutador do Ano’, Deiveson Figueiredo provou ser um grande funcionário do UFC. Em 2020, o paraense subiu ao octógono em quatro oportunidades, conquistando o cinturão do peso mosca (até 56,7kg.) em uma delas.

Em fevereiro, em luta válida pelo título, contra Joseph Benavidez, o ‘Deus da Guerra’ acabou tendo problemas com o corte de peso e perdeu a chance de levar a cinta, caso superasse o norte-americano. O brasileiro venceu o confronto de forma brutal, mas, como previsto, não foi declarado campeão.

Cinco meses depois, o paraense foi novamente escalado para trocar forças contra Benavidez, em uma revanche dada ao norte-americano. Na nova luta, um novo passeio. O paraense não tomou conhecimento de um dos maiores nomes da história da categoria e venceu o duelo com uma finalização, que apagou o rival. Desta vez, Deiveson pôde comemorar o título.

Em novembro, o ‘Deus da Guerra’ já estava novamente pronto para a ação. no UFC 255, o brasileiro encarou Alex Perez e não teve problemas. O atleta precisou de menos de dois minutos para liquidar a fatura contra o adversário, que bateu em desistência após uma guilhotina aplicada pelo paraense.

O mais impressionante veio na sequência. Para ‘salvar’ o UFC 256, Figueiredo topou o desafio de defender seu título pela segunda vez em 21 dias. O lutador foi escalado para enfrentar Brandon Moreno e, na luta principal, os atletas promoveram uma verdadeira guerra de cinco rounds, que terminou o empate. Com o resultado, Deiveson manteve seu posto de campeão e, em breve, dará início à preparação para a revanche contra o mexicano.

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